Fórum do Seminário de Integrador VII- Atividades Disparadoras
Fórum das atividades disparadoras
Discutindo as relações entre as atividades 1 e 2 dos textos lidos.
Carla Truda
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ANTÔNIO JOÃO MARTINS
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ARTUR CRISTOVÃO MADRUGA MARTINS |
BARBARA CARVALHO KOSMALISKI |
CARLA CRISTINE FINATO |
CHAINE MELLO RODRIGUES |
CHAMLA ANTONIETA ABDUL KHALEK |
CRISTIANE RAMOS DOS SANTOS |
CRISTINA COELHO |
Bem, sou eu que inauguro o Forum? Escrevi no meu Blog que o lixo é revelador, por isso cuidem o que vocês descartam nas sacolinhas de supermercado. Como participei da atividade com pessoas extremamentes inteligentes, não foi nada difícil traçar o perfil da pessoa que decartou o lixo, estou curioso para saber o percentual de acerto que vamos ter. Afinal Profs. saberemos de quem é esse lixo não é mesmo?
Olá pessoal! Achei muito interessante nossa atividade na aula presencial do seminário Integrador, quando tentamos traçar o perfil através do lixo.Foi uma ótima proposta de atividade Acredito que os textos disponibilizados serão oportunos para o deenvolvimento do nosso trabalho neste semestre. Abraços --- Carla Finato
Oi pessoal, eu já havia postado a minha opinião no dia em que editei esta página, mas foi deletado. Tudo bem, vamos lá novamente...
Analisando o lixo tentamos ser os mais objetivos possíveis separando o conteúdo deste de acordo com suas características, isto fez com que ficasse mais fácil e claro o processo de conhecimento e reflexões sobre este.
Tentamos utilizar as evidências para afirmar as nossas suposições, mas erramos quando achamos que a embalagem de remédio que estava ali seria de anticoncepcional. Isto ocorreu porque confiamos demais nas nossas experiências e conhecimentos prévios; o que nos levou ter certeza sem ao menos pesquisar o medicamento e assim, não sentíssemos necessidade de investigar. Quando a professora mencionou do que se tratava, percebemos o quanto nossos pré conceitos modificam a visão que temos sobre as coisas. Este pequeno "detalhe" mudou e muito o perfil que estávamos traçando.
Adorei realizar esta atividade, pois foi muito interessante tentar descobrir á quem pertencia este lixo, qual era o perfil, apenas observando o que esta pessoa descarta em sua lixeira.
Cristina 05/09/09 (g1d)
Lendo os textos pude associar as nossas percepções com as crenças, as concepções ingênuas que as crianças também tem e utilizam quando chegam na escola até nós. Esta atividade foi muito útil para percebermos o quanto devemos valorizar os pré conceitos que eles trazem, assim como a maneira de como formulam estes.
Ao fato de termos associado o remédio á anticoncepcionais podemos dizer que é senso comum, e assim como ocorre com as crianças resistimos até formular ou aceitar outro conceito.Por isso a importância da comprovação, das experiências.
As professoras Íris e Bea nos deixaram livres para também fazermos as nossas deduções, experimentos, para somente depois nos mostrarem o quanto havíamos nos guiado pelo senso comum.
Cris 08/09/09
E os textos onde andam? O que tem a ver com as atividades?
Um abração
Bea
Oi, pessoal...bem vindos ao nosso forum!!! Então quer dizer que nós, adultos, não temos concepções ingênuas? Só as crianças as têm? Não entendi muito bem...Quem pode me ajudar?
Abraços:
Carla Truda
Carla, o texto diz isso?! O que te fez o interpretar dessa forma? Dê uma olhada no seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=2sqsXESSIRQ e volte aqui!!!
Gente, a indicação vale para os demais integrantes do grupo!
[]s - Daiane.
Dai, querida. A Carla entendeu que o texto diz isso ou ela, como mediadora do fórum, está lançado um desafio para que os colegas explicitem o que pensam sobre isso?
Outra coisa, o vídeo dos macacos exemplifica o quê? Abra@os
Não quis dizer que somente crianças tem concepções ingênuas, bem pelo contrário, todos temos, mas fiz apenas uma comparação. Até porque acho que não é essa a essência do texto, então...
Pessoal quis fazer uma relação ao fato de meu grupo ter associado o remédio á anticoncepcional, como sendo uma concepção ingênua, somente isto.
Cris
O “jogo de adivinhar” a quem pertenceria o lixo foi bem interessante, não por podermos brincar de “CSI”, mas por podermos verificar o quanto os nossos conceitos e preconceitos influenciam em nossas tomadas de decisões e no processo de investigação e criação de novos conceitos. Ao ler o texto sobre as crianças que estudavam sobre o frio e os agasalhos, percebemos o quanto a opinião comum às vezes é errônea e falha. O conhecimento da maioria nem sempre é o mais correto, mesmo tratando-se de adultos. O axioma: a unanimidade é burra, neste caso tornou-se uma verdade. Para criarmos um conceito ou trabalharmos com um PA, precisamos construir e desconstruir aquilo que conhecemos. Vencida a primeira etapa onde cada um construiu sua hipótese a partir do seu conhecimento prévio, partiu-se para uma pesquisa mais elaborada onde as idéias pré-concebidas foram dando lugar a novas formulações. Como vimos no texto “Revisando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0”, a construção do conhecimento nem sempre se dá de maneira rápida, pronta ou no ambiente escolar. Às vezes é preciso ir além. Além dos muros da escola, dos livros escolares, dos conhecimentos dos mestres e alunos. O processo como um todo pode ser lento, pode fugir ao controle, pode ser frustrante. Mas, quando bem conduzido trará grandes frutos e a construção deste aprendizado dificilmente será esquecida, trazendo alegria e o gosto por novas descobertas, transformando assim, o aluno em aluno-pesquisador. Ao professor, que agora também caberá o papel de pesquisador, será incumbido a tarefa de organizar, incentivar, planejar e criar estratégias e soluções para que seus alunos se envolvam nas atividades.
Chaine Mello - 10/09/09
Daiane, o texto não diz isto...na realidade, acredito que todos nós temos concepções ingênuas, aquelas que não dependem de estudo, as idéias que temos à respeito de um determinado assunto...e que serão desestabilizadas, conforme Piaget, para dar início à construção do conhecimento.Só quis lançar uma questão...ok?
Abraços:
Carla
Chaine: Oi!!! Quando falas: "Mas, quando bem conduzido trará grandes frutos e a construção deste aprendizado dificilmente será esquecida, trazendo alegria e o gosto por novas descobertas, transformando assim, o aluno em aluno-pesquisador." como pensas ser possível realizar isto? Qual o ponto de partida para transformarmos nosso aluno em aluno-pesquisador?
Abraços: Carla Truda
Querida Carla,
Tenho certeza que tua pergunta foi retórica, mas seguindo o objetivo do fórum, em desenvolver o debate através de idéias e enriquecimento da pesquisa teórica, lhe respondo:
Pela Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, que nos diz “educar não é transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a produção do saber”, com pitadas de Piaget, procurando a belezura de ensinar e aprender. Afinal nós somos alunas e alunos e nossos mestres sempre primaram para que nos transformemos em alunos-pesquisadores e transformadores sociais. É claro que para responder essa pergunta precisaria gastar páginas e páginas aprofundando o conhecimento teórico, acredito que não exista uma resposta pronta.
Mas, gostaria de saber como você responderia a sua pergunta. Afinal sua contribuição pode se tornar bem interessante e contribuir muito para esse fórum.
Pedagogia da Autonomia - http://pt.shvoong.com/books/470147-pedagogia-da-autonomia-paulo-freire/
Abraço,
Chaine Mello - 11/09/09
Achei muito interessante o debate entre as duas colegas. Trouxeram um fator muito importante; a relevância que este tipo de trabalho exerce sobre a aprendizagem de nossos alunos e suas vidas. Pois como disse nossa colega, os alunos transformam-se em alunos pesquisadores e nada mais significativo quanto construir seu conhecimento. E o melhor através de investigação, comprovação e não recebendo pronto sem poder de descoberta ou de crescimento cognitivo através de hipóteses.
Ao contrário do senso comum, como pudemos perceber no texto " Sobre o conhecimento prévio", cujos conhecimentos estão frequentemente marcados pela incoerência, pela fragmentação, a pesquisa propôe-se a
atingir conhecimentos precisos, coerentes e abrangentes. Caracterizando-se por buscar alcançar resultados livres das limitações do senso comum.
Esta forma de direcionar nosso trabalho em sala de aula nos conduz á uma nova prática que no mínimo pressupõe envolvimento, diálogo e enfrentamento de conflitos. Nela, professor ensina aluno, aluno ensina professor, aluno ensina aluno... O aluno se envolve pra valer. Ele pode viver a experiência positiva do confronto com os outros e consigo mesmo, tornando-se agente da sua aprendizagem e produzindo algo que terá sentido em sua aprendizagem.
Cristina 12/09/09
Chaine, querida!
Realmente não acredito em fórmulas prontas, nem que a educação deva ser tratada como "receita de bolo", onde o que deu certo para minha turma e eu, deva ser COPIADO por outros, utilizando também como referencial teórico a Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Mas acredito em trocas de experiências, por isto vou te indicar a leitura do meu blog (http://carlatruda.blogspot.com/2009_03_01_archive.html) , onde tenho postagens que descrevem minhas "aventuras" em sala de aula utilizando PA, o que com certeza, levou-me a criar um início de aluno-pesquisador o que está evoluindo dia-dia, partindo dos conhecimentos prévios que trazemos. Temos, eu e minha turma, um caminho longo à percorrer, não nego e sei o quanto árduo ele será, mas como sabiamente disse a colega Cristina: "O aluno se envolve prá valer, nos conduz a uma nova prática...", novas experiências, vivemos as nossas "teorizações" e permite que não fiquemos somente presas à elas, torna-se constante aliar teoria e prática. Torno a dizer que construir o conhecimento não é receita de bolo, portanto não tenho nem como me alongar. Acredito que cada um tenha a sua resposta, por isto perguntei.Espero que tenha respondido pelo menos um pouco a tua dúvida, colega.
Estou adorando ter esta oportunidade de trocar idéias com os colegas, está sendo um momento de grande crescimento.
Mas aproveitando este questionamento, que senso comum podemos tirar entre as nossas respostas (falo de todos que participaram até agora)? Existe algum? E nossos conhecimentos prévios? Quem se habilita a responder?
Abraços:
Carla Truda.-12/09/2009.
O trabalho com o grupo 12 ao qual pertenço, foi diferente, voltado para uma casa. Deveríamos mobiliar uma casa para um casal com um filho e um avô. Possuíamos R$ 10.000,00 para concretizarmos o nosso objetivo. Conseguimos, claro que não completamente como gostaríamos. Durante o processo fui me dando conta de que eu só queria economizar para que pudéssemos comprar o maior número de móveis possíveis, e atender as necessidades básicas da família em pauta. Enquanto procurávamos de loja em loja, através da internet, pude observar o quanto é importante o conhecimento prévio, aquele que trazemos para a sala de aula. Que os nossos trazem e em geral os professores não dão importância. Esse conhecimento foi importante na procura do mobiliário da casa, porque como eu estava insistindo com as colegas sobre tentar encontrar móveis mais baratos e, óbvio, estava com a calculadora na mão somando e orientando sobre o quanto ainda tínhamos para gastar, foi fundamental a orientação da colega Ana quanto a uma loja que ela conhecia e que, pela experiência, sabia que era a que tinha os objetos mais baratos. Apesar do meu assunto não estar relacionado ao do lixo dos colegas aqui deste fórum, achei importante esse relato, porque ele está diretamente ligado a leitura posterior que fiz dos textos postados no Seminário. A construção de um PA, os conhecimentos prévios para essa construção. Muito interessante esse tempo de web 2.0 e essa visão que vamos ampliando para podermos transformar nossas aulas em algo mais interessante para os alunos. É lógico que nem todas as escolas possuem ambientes informatizados para que os mesmos tenham acesso ao mundo virtual. Mas, a promessa da era dos laptops nas escolas públicas nos aponta para a necessidade de estarmos preparados para esses novos tempos. Como pedagogos, acho importantíssimos que estejamos refletindo e praticando os usos da tecnologia na educação. Poderemos exercitar o trabalho pedagógico atualizado, auxiliando os colegas na implementação de Projetos de Aprendizado, multiplicadores de uma nova visão educacional. Essa é a qualificação educacional obtivemos ao estudarmos na UFRGS, e que levaremos orgulhosamente, agindo com precisão e conhecimento nas redes de ensino que circularmos. Apesar de ter pertencido a outro grupo de discussão que não o lixo, de qualquer maneira essa rede de conhecimentos e trocas me leva a observar a experiência do "outro", e assim aprendo um pouco mais. Artur Madruga
Artur, só um pitaco, será que essa nova forma de olhar o processo aprendizagem só pode ser feito com tecnologias digitais? No entanto, tens toda a razão: temos que olhar por esse ângulo senão vamos ser atropelados.
Bea
Realizei uma postagem no meu blog referindo-me a atividade proposta na aula presencial do SIVII. Recebi o seguinte comentário da Bea: "quando o problema é fora dos padrões não pode ser tratado por alternativas dentro dos padrões". Eu acredito nessa fala da Bea, mas olhando por um outro ângulo, quando o problema é padrão, a solução é padrão, ou seja, repetimos anos e anos, tranpassamos aos nossos educandos situações vivenciadas, presenciadas por nós enquanto alunos. Reproduzimos exatamente as mesmas atividades que fizemos enquanto alunos??? Realizamos e reproduzimos como mimeógrafos aquilo que a matriz quer sem pensarmos o real objetivo, E assim foi com a atividade de mobiliarmos uma casa com o valor de R$ 10.000,00. Ao analisar os grupos, muitos se preocuparam em quantidade e não qualidade. Será que isso é fruto de uma sociedade capitalista, onde ter é mais importante do que ser?
Barbara
13/09
Bárbara que raciocínio bárbaro!! :-)) Adorei que engolistes a isca e partiste para o questionamento!! Será que a educação é uma situação padrão? Será mesmo que não temos que olhar para ela de formas novas, buscando outras alternativas? Será que não temos que estudar mais para termos mais chance de propor alterações? Será que o aprofundamento e alargamento constante da nossa base de conhecimento prévio não possibilita outros saltos mas acrobáticos?
Bea
Os textos , nos remetem a uma profunda análise das nossas condutas em sala de aula, muitas vezes “matamos” no aluno a necessidade natural de pesquisar, respondendo de pronto o que ele pergunta, sem oferecer a ele a oportunidade de que ele descubra as respostas por seus próprios meios, dentro do processo de aprendizagem . A parte investigativa leva o aluno ao crescimento, bem como faz com que ele tenha interesse a cada desafio, participando de todo processo, desde a escolha do que ele quer saber ,dúvidas, pesquisas e respostas.Antônio.
Gostei do pitaco da Bea, até porque ele vem tangenciar o que estou procurando para trabalhar os PAs com meus alunos da 4ª série. Conforme vou aprendendo e aprofundando essa construção, em outras palavras, me apropriando do "como fazer um PA", como estimular alunos de séries iniciais nessa caminhada, vou imaginando estratégias e recursos que independam do ambiente virtual. E isso é muito importante que também seja pensado, Bea e colegas. Estive trabalhando com meus alunos em grupos desde o início do ano. Depois, com a entrada de um aluno que foi excluído de outra turma, porque havia brigado com a professora e a professora discutira com os pais, tive que desfazer tudo, até que retomássemos a caminhada para poder integrar esse novo aluno na turma. Foi muito difícil, cansativo, porque ele já estava com a certeza de que ele é que coordenava tudo ( a falta de limites da casa e dos ambientes que frequentou). Claro que foi um grande trabalho ter que convencê-lo e estimulá-lo a participar das atividades. Pra ele era só o futebol que interessava na escola. Agora parece que está mais claro para esse aluno que as outras atividades também são interessantes e que ao realizá-las ele estará participando com a turma de diversas ações que até podem ser prazeirosas, como discutir dúvidas, pesquisar em dicionários ou na biblioteca, realizando leituras silenciosas etc... Agora estamos prontos e retomando as atividades em grupo. Terça-feira já voltaremos a reorganizar a sala. Cada grupo terá no máximo quatro componentes. A orientadora irá me auxiliar nesse reinício, realizando uma atividade com os mesmos sobre o que é trabalhar em grupo. Uma dinâmica que ela quer aplicar. A orientação está maravilhada com a possibilidade de construirmos pesquisas em torno de um Projeto de Aprendizagem. Falei sobre eles serem os autores dos textos finais dos trabalhos que desenvolverão. Ela já conversou com eles para que ao final montem um livro com os resultados e façam uma sessão de autógrafos ( que ela vai colocar um vestido muito bonito para pedir autógrafos). Esse apoio é importante, porque gera uma expectativa e a turma ve, no âmbito da escola interesses que os impulsionam. A supervisora, a orientadora e a vice-diretora estão sempre visitando-os e mostrando-lhes o quanto admiram os trabalhos que eles vêm realizando. Bem, penso sobre como poderemos ir tornando visíveis as evidências e as certezas provisórias, sem que as mesmas sejam feitas só no ambiente virtual. Iremos elaborar painéis em papel pardo, para que sejam fixados na parede e eles possam se orientar suas pesquisas à partir das próprias falas, e desenvolvam ações que procurem chegar a um lugar, ou a uma conclusão, mesmo que não definitiva. Que pitaco Bea, rendeu muito. Poderíamos ficar falando mais, mas acho que caberá as descrições do que irá ocorrendo. Tentarei aprender com as crianças como construir com crianças um Projeto de Aprendizagem para eles. Artur Madruga.
Artur, que coisa maravilhosa ver os alunos crescerem e se darem conta disso.
Fico feliz contigo
Bea
Relendo o depoimento de meus colegas pude fazer algumas consideraçãoes sobre os textos e nossa vivência em sala de aula e no PEAD:
* Alunos chegam na escola (independente de idade), com seus conhecimentos prévios, não podemos descartá-los, bem pelo contrário, devemos partir destes para dar o impulso inicial para nossa construção de aprendizagem. A importância destes conhecimentos ao meu entender fica quando os colocamos á prova, quando os questionamos e os alunos se sentem desafiados á buscarem novos conceitos, ou reafirmarem os seus já existentes. É quando ocorre esta desacomodação que estamos contribuindo para o crescimento cognitivo de nossos alunos. Este ato de pesquisar para confirmar, ou para descobrir provoca uma mudança de pensamento, pois uma coisa é interligada á outra e assim se constrói uma nova rede de pensamentos e conhecimentos que se aliam ou descartam os que tínhamos anteriormente.
Tudo isto que estamos vivenciando no PEAD é novo até pouco tempo ninguém estudava desta forma, ninguém preocupava-se como a criança aprende, como constrói seu conhecimento. Saimos de um ponto em que nosso senso comum ensinava apenas, sem preocupar-se a aprender como ensinar de acordo como nosso aluno aprende. Parece complicado, mas acredito que quanto mais formos questionando e vivenciando irá se tornar algo coerente á nossa prática.
O PA foi algo totalmente inovador, pois nos possibilita confrontarmos nossos alunos com situações nas quais eles precisam desenvolver conceitos, ferramentas, métodos, eles tem uma razão para aprender.
Como nos diz Piaget..."O conhecimento é uma adaptação a situações nas quais é necessário fazer algo."
A medida que desenvolvemos o PA surge a necessidade de encontrar novas soluções para problemas velhos, isto é repensar, pensar diferente ou ampliar o pensamento já existente. A identificação de um questionamento é o primeiro passo, daí surgem os conhecimentos prévios, que seriam as nossas certezas e dúvidas provisórias. Seguindo estes passos, passamos á pesquisa, a construção, ou a comprovação do nosso conhecimento. É fascinante este processo e assim como nos diz a colega Carla dá certo e é incrível, estou vivenciando este processo com meus alunos desde nossa última apresentação do portfólio quando a Carla apresentou sua vivência em torno do PA com seus alunos.
Cristina 17/09/09
Lendo os textos propostos comecei a pensar como aplica-los em meu dia-a-dia no espaço do ambiente informatizado onde estou atuando neste ano.
Decidi fazer uma proposta as professoras responsáveis pelas turmas de 4ª série, realizar um trabalho de pesquisa que envolvesse assuntos trabalhados em sala de aula.
Tive essa necessidade também por que elas sempre tinham como proposta, trabalhar exercícios de fixação no AI.
Foi assim que surgiu a idéia de fazer um trabalho “inovador” no ambiente.
Comecei então conversando com os alunos sobre o desafio de fazer uma pesquisa, onde eles teriam que criar um documento do Word para fazer anotações e criar slides no programa Power Point e ao final apresentar ao grande grupo seus trabalhos projetados no telão com a utilização do Data Show.
Os alunos concordaram com a proposta de trabalho a ser desenvolvido. Logo o assunto foi proposto pela professora titular, uma das turmas ficou responsável pelo tema “Sistemas do Corpo Humano” e a outra turma pelo “Relevo do RS”.
Eu, como professora do AI, comecei a questionar os alunos sobre os conhecimentos que eles tinham de como fazer uma pesquisa na internet.
Os alunos começaram a responder de acordo com os “conhecimentos” que tinham sobre o assunto, assim foi desencadeada uma discussão sobre o conhecimento prévio de como fazer uma pesquisa. Logo os alunos começaram a fazer tentativas com base no que já conheciam, foram várias idéias, tentativas, erros e acertos, até que por fim conseguiram resolver o desafio. Resolvido esse desafio, iniciou-se outro, como criar um documento no programa Word, como “copiar” e “colar” as informações consideradas importantes, sendo que a cada desafio novas possibilidades, dúvidas, certezas iam surgindo.
Como o encontro das turmas é as segundas-feiras com a duração de uma hora, estamos em construção da pesquisa.
No início as professoras não apostaram que o trabalho fosse dar certo, mas com o passar das aulas, as mesmas estão reconhecendo que a experiência está dando certa, elas mesmas estão bem envolvidas com a proposta.
Nada como viver a teoria na prática, estou conseguindo vivenciar essa experiência, fazendo relações com os textos lidos Sobre o conhecimento prévio e sobre a investigação científica.
Falando agora sobre a experiência que tivemos de “investigar” tudo que tinha no “lixo”, foi bem desafiadora para o nosso grupo, quando encontramos algo desconhecido, ficamos sem entender qual era a função do objeto, sendo esse um pedaço de borracha elástica, que ninguém tinha conhecimento de sua utilização, começamos a levantar várias hipóteses, por fim deduzimos que era parte integrante de um aparelho de ginástica, logo pensamos de acordo com o que havia em nosso lixo.
Mas não era, descobrimos no final com a professora Bea que era uma cinta utilizada em seções de fisioterapia. Já o outro grupo que também ficou com o mesmo lixo, através de seus conhecimentos prévios reconheceu a cinta sem nenhuma dificuldade.
Cristiane 17/09/09
Cristiane, vistes que poderías tb dizer" nada como viver a prática na teooria"? Estás formando uma rede entrelaçada entre a prática e a teoria, voltando a ela de novo e depois de novo ao texto em uma espiral ascendente que não tem mais fim. Como disse a Cris ai em cima, trazendo Piaget (...)" fazemos adptações em situações nas quais é necessário fazer algo." Isso é aprender!! Valeu!!
Um abração
Bea
Muito interessante tudo o que venho lendo neste forum. São vários aspectos sobre os quais podemos pensar. Antes de encerrarmos e partirmos para outros foruns, embora ainda não tenha escolhido o meu "peixinho" para compartilhar com outros grupos, gostaria de falar de uma coisa que considero pertinente. São os Portfólios. Estava pensando como os alunos poderiam "conservar" os conhecimentos construídos com os Projetos de Aprendizado maravilhosos que foram discutidos aqui. Casualmente, enquanto relia as falas do forum na busca do "peixinho", ouvi a palavra Portfólio que vinha da tv ligada no canal 7. É óbvio que a palavra me chamou a atenção, porque ela já estava introjetada em mim, um som familiar que meu cérebro destacou naquele instante entre a leitura que estava fazendo e o barulho do vento nas janelas do quarto andar onde moro. Era isso, o Portfólio que estava faltando para complementar a organização do trabalho. Além do ambiente virtual, também colocaremos em forma de banners na sala de aula, as evidências e certezas provisórias,, as indicações de pesquisas e o texto de autoria de cada um dos 6 grupos ( 24 alunos atualmente - alguns mudaram de cidade). Paralelo a esse trabalho, cada grupo irá construir seu Portfólio ( 1 para cada grupo - 4 componentes). Um Portfólio de Aprendizagens, que eles poderão carregar consigo em cd, cujo trabalho eles mesmos executarão no ambiente informatizado da escola, e impresso e encadernado ( eu mesmo mandarei encadernar para que todos possam acessar o que foi feito independente de ter ou não computador em casa). Não vou referenciar as dificuldades de alguns dos meus alunos por questões éticas, mas posso afirmar que luto por igualdade em sala de aula, por isso que imagino os Portfólios nos dois formatos: cd e impresso, ao final do ano. Uma idéia, enriquecida por outras idéias e aprendizados colhidos ou afirmados aqui nesse forum. Que maravilha podermos constatar, na reta final do curso, o quanto aprendemos e que esse aprendizado não termina aqui, ele é contínuo. As evidências do que estou dizendo? Estão ao final de cada semestre após a apresentação do Portfólio. Eu sempre saio impressionado com os meus novos olhares. Quando penso que cheguei ao máximo do que poderia compreender, vou me surpreendendo continuamente com a expansão da minha capacidade. E o que me traz muita satisfação por ter feito esse curso é a capacidade que adquiri de perceber-me intervindo nas escolas utilizando discursos pedagógicos claros, democráticos e acolhedores. Não sei se conseguirei desenvolver os PAs como imagino, mas tenho uma certeza ( talvez provisória), de que descobrirei com meus alunos como os faremos. A teoria de Piaget é uma teoria de descentração, a construção própria de si com o outro. Quantas ferramentas acabamos carregando para as nossas vidas - profissional e pessoal. Artur Madruga.
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Oi pessoal!!
É através da interação com os objetos e o entorno que as crianças constróem seu conhecimento. Elas são seres questionadores e buscam conhecer o meio que as cercam através destas perguntas. Por este motivo devemos valorizar essas questões no ambiente escolar, pois elas vêm dos seus conhecimentos prévios de suas necessidades e interesses. Foi baseado neste modo de ver que desenvolví na escola um projeto sobre o meio ambiente e o lixo. Aproveitamos o dia do meio ambiente e com a ajuda de uma colega fizemos um vídeo sobre o lixo na escola. Um aluno da minha turma foi escolhido para ser reporter e entrevistar os alunos sobre o lixo espalhado pela escola, e depois todos participaram de forma segura, da coleta do lixo separando-os em sacos plásticos. A partir daí se conversou sobre a coleta seletiva e reciclagem de cada tipo de lixo, as crianças viram um documentário sobre as usinas de reciclagem e o destino do lixo. Foram feitas pesquisas na internet, em jornais e revistas, e cada criança observou o lixo em sua casa com a tarefa de trazer alguns materiais e embalagens para reutilizarmos em aula com a montagem de alguns brinquedos e maquetes de acordo com a criatividade de cada um. Eles mesmos se dividiram em grupos e produziram trabalhos excelentes e criativos como: a maquete da escola com caixas de remédios e embalagens plásticas, um carro com caixa de leite os faróis de lâmpadas, um robô e etc.
No dia seguinte nos reunimos para vermos o vídeo produzido com as entrevistas e o trabalho de coleta na escola, foi bem divertido ver a análise e os comentários que cada aluno fez sobre seu desempenho no vídeo. Foi um trabalho gratificante porque pude ver que as crianças se envolveram nas atividades que partiu do interesse deles buscando respostas para as questões que surgiam a cada momento.
Um abraço a todos!
Chamla Khalek, 19/09/2009
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É a segunda vez que escrevo, tento salvar e o pbworks some com tudo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Me permiti pescar uma frase da Chamla: " É através da interação com os objetos e o entorno que as crianças constroem seu conhecimento. Eles são seres questionadores e buscam conhecer o meio que as cercam através destas perguntas." pergunto-me: se as crianças constroem o conhecimento através da interação com os objeto que a entornam, pra quê professor? Qual seria a verdadeira atribuição do professor: mediador, incentivador, líder, carrasco?
Vou um pouco além, no texto lido Práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social pela interdisciplina Linguagem a autora enfatiza que a escola trabalha com um mundo que difere da prática social do educando, pergunto-me mais uma vez: trabalhar somente com a realidade do aluno iria permitir que ele se acomodasse só no seu mundo???
Na verdade, vou revelar, tenho muito apreensão nesta palavra: REALIDADE. Que realidade é essa, é vista pelos olhos de quem? Até que ponto é permitido a minha atuação sobre?? Parece-me que quando as pessoas inseridas no processo escolar ao falarem a palavra realidade lincam-na com piedade, pobreza.
"Almejo uma escola que dignifique o educando com toda a sua potencialidade e políticos que cumpram com suas promessas". (KOSMALISKI, 2009)
Barbara 21/09/2009
Bárbara, tens toda a razão. Eu tb tenho calafrios qdo se começa a discursar sobre a realidade dos alunos. Na mioria das vezes, o discurso é como tu dizes: pena e não cmpreensão dela. A realidade dos alunos é sempre muito maior e mais rica do que esperamos, ainda mais hoje com as tecnologias de comunicação que transportam o alunos a todas as partes do universo. Por isso para mim, respeitá-la significa ponto de partida e dai dar o salto!!
Um abraço
Bea
Olá!
A proposta da atividade 6 - Visita e Recolhimento de Idéias, é que combinemos e entremos nos diferentes fóruns, para pescar ideias novas. Como nosso grupo tem oito participantes e são oito fóruns sugiro que cada participante do grupo entre em fóruns diferentes, seguindo a ordem alfabética e o último e o primeiro entrarão no mesmo fórum, assim:
Fórum |
Participante |
Camila |
Antônio e Cristina |
Elise |
Artur |
Joci |
Bárbara |
Marcia Souza |
Carla Finato |
Maria Gabriela |
Chaine |
Mario |
Chamla |
Zinara |
Cristiane |
Não sei se a Carla Truda entraria em algum fórum ou faria a mediação aqui.
Buenas, essa é a minha sugestão para darmos seguimento ao trabalho.
Beijinhos, Chaine.
Olá pessoal, estou entrando para dizer que achei muito interessante a proposta da Chaine. Acredito que todos teriam a oportunidade de participar e de forma igualitária.
Beijocas Cristina
22/09/09
Antonio, colei teu comentário na etapa 2.
Um abraço
Bea
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Pescaria - Fórum Márcia Souza
visitei o fórum para a "pescaria" muitos relatos legais e interessantes foram postados neste fórum, destaquei o seguinte comentário da colega Jurema:
"As teorias que as crianças formulam sobre o mundo,mesmo quando erradas ou certas,não se constroem por acaso..."
Nós adultos também formulamos idéias certas ou erradas diante de muitas coisas.No caso do lixo ou diante do mobiliário de uma casa imaginamos coisas, fórmulamos hipoteses e traçamos estratégias diante da nossa vivência de mundo.Não importando ali no momento se estas eram certas ou erradas.Segundo as professoras Beatriz e Íris tentamos organizar e estruturar o mundo que está a nossa volta de acordo com o que dispomos.Adultos e crianças tem o chamado senso comum e que levam muitas vezes concepções ingênuas diante de determinadas situações.Todos nós ao realizarmos a tarefa proposta levamos em consideração nossos conhecimentos prévios de dona de casa,de pessoas comuns que usam vários objetos em suas bolsas não usamos ali uma investigação cientifica,talvez por outro prisma (cientificamente),teríamos outros resultados que não os que ali encontramos.
Este comentário trouxe as questões da ingenuidade pernate muitas situações e que traçamos nosso ponto de vista a partir das nossas vivências e experiências, assim como pude perceber a fita de borracha uitlizada para a prática de fisioterapia e remédios para dores musculares... E que essas concepções ingênuas são ocasionadas pelo senso comum e conhecimento prévio.
CARLA FINATO
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Comments (12)
cristina coelho said
at 2:22 pm on Sep 5, 2009
Colegas, tomei a liberdade de iniciar a nossa página, mesmo não tendo certeza de ser esta a forma correta. Sintam-se a vontade de mudar algo se não estiver de acordo com a proposta ou com o desejo de vocês.
Bom início de trabalho para todos nós!!!
cristina coelho said
at 2:54 pm on Sep 7, 2009
Gente eu havia escrito uma página da análise do lixo, e postado aqui, mas não está mais?
O que aconteceu?
Onde foi parar?
Não era assim?
Beijocas Cristina
Daiane Grassi said
at 8:49 pm on Sep 10, 2009
Gente, vamos procurar utilizar os comentários para este fórum?! Ficam melhores de serem visualizadas!
Daiane Grassi said
at 8:50 pm on Sep 10, 2009
Carla, o texto diz isso?! O que te fez o interpretar dessa forma? Dê uma olhada no seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=2sqsXESSIRQ e volte aqui!!!
Gente, a indicação vale para os demais integrantes do grupo!
[]s - Daiane.
cristina coelho said
at 11:06 pm on Sep 10, 2009
Não quis dizer que somente crianças tem concepções ingênuas, bem pelo contrário, todos temos, mas fiz apenas uma comparação. Até porque acho que não é essa a essência do texto, então...
Pessoal quis fazer uma relação ao fato de meu grupo ter associado o remédio á anticoncepcional, como sendo uma concepção ingênua, somente isto.
Beatriz Magdalena said
at 2:54 pm on Sep 11, 2009
Amigas, a discussão é no fórum!! Cris, vou colar o que colocastes aqui .
Um abraço
Bea
Carla Selistre Truda said
at 3:55 pm on Sep 11, 2009
Daiane, o texto não diz isto...na realidade, acredito que todos nós temos concepções ingênuas, aquelas que não dependem de estudo, as idéias que temos à respeito de um determinado assunto...e que serão desestabilizadas, conforme Piaget, para dar início à construção do conhecimento.Só quis lançar uma questão...ok?
Abraços:
Carla
Beatriz Magdalena said
at 2:28 pm on Sep 14, 2009
Gente, que maravilha!! A discussão está forte e vocês estão questionando e argumentando muito bem!! A confiança em pegar um pedacinho da idéia de outro e dissecar é tão importante como a flexibilidade de aceitar o dissecamento e tratar de argumentar. Vocês estão ótimas. Sugiro que entrem no Para pensar e vejam o vídeo e o texto.
Falando nisso Dai, qual é o teu ponto de vista sobre os macaquinhos? Como juntas com a discussão aqui uma visão bem skineriana?
Um abração
Bea
Daiane Grassi said
at 4:23 pm on Sep 18, 2009
Oi Bea,
Vou tentar responder com os próprios posicionamentos aqui do fórum:
(...) porque confiamos demais nas nossas experiências e conhecimentos prévios; o que nos levou ter certeza sem ao menos pesquisar o medicamento e assim, não sentíssemos necessidade de investigar. Cristina 05/09/09 (g1d) (...)
(...) Reproduzimos exatamente as mesmas atividades que fizemos enquanto alunos??? (...) Bárbara.
Quantas vezes nos tornamos tão skinerianos, aceitando verdades sem questionar.
Daiane Grassi said
at 4:24 pm on Sep 18, 2009
Ok Carla!
Daiane Grassi said
at 4:39 pm on Sep 18, 2009
(...) Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..." (...)
Quantas vezes percebemos planejamentos de aula "acreditando ser a melhor aula para o aluno" sem uma fundamentação teórica por trás e repetidas anos consecutivos, sem uma avaliação?
[]s - Daiane.
Beatriz Magdalena said
at 4:51 pm on Sep 19, 2009
Dai querida, que boa argumentação colocastes!! Tu vês que eu, como meus olhos já preconceituosos a respeito de Skinner, fiquei confusa. O que essa guria quis dizer?? Excelente tua cutucada!! Um abração
Bea
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