Neste fórum estamos discutindo as relações que foram percebidas entre as atividades 1 e 2 e os textos lidos.
ROSEANE MACHADO DA SILVEIRA
ROSELANA RODRIGUES DA SILVA
SANDRA BARTIKOSKI DA ROCHA
SELVA LUZIA DE MORAES VIEIRA
SOLANGE MOLINA SENTINGER
SUELI FONSECA DOS SANTOS
TATIANA ROSMARY GOMES
TATIANI ROLAND SZELEST
ZINARA BIRNFELD MISTRELLO
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De acordo com a atividade 1, cuja proposta era análise dos lixos, os grupos apresentaram semelhanças nas seguintes evidências e indícios, concluiram o sexo; da pesssoa responsável pelo lixo, sua idade aproximada, os cuidados pessoais desse indivíduo, sua situação financeira, o uso de medicamentos, a vivência com animal doméstico(em alguns grupos) e os hábirtos alimentares.
A análise dos grupos da atividade 1, teve muitas semelhanças, na minha opinião isso se deve ao senso comum dos componentes do grupo, pois quase todos já vivênciaram experiências semelhantes.
Na atividade 2, as semelhanças encontradas quanto a forma de resolver os desafios, foram as seguintes, percebi que dos oito grupos, sete deles pensaram nos adultos como um casal e a metade dos grupos começaram mobiliando primeiro o quarto. Outra semelhança bem visível, foi a variedade de lojas que a maioria dos grupos pesquisaram para fazer as compras.
A maioria das pessoas envolvidas com a investigação, da atividade 2, vivenciam ou já vivenciaram um casamento, isto, de certa forma, justifica a escolha do casal como um possível morador.
Acredito que os componentes dos grupos tenham feito uso de seus conhecimentos prévios para fazer as pesquisas de preços, pois isso justificaria essa variedade de loja.
De acordo com o texto, “senso comum são idéias nas quais acreditamos, mas que não combinam com o que é conhecido como sendo cientificamente correto”. O senso comum foi algo evidente, pois, conforme a opinião da maioria, numa casa deveria morar um casal, formado por um homem e uma mulher.
Abraços!
Sueli
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Meu grupo de trabalho mobiliou uma casa, imaginando dois adultos casados.
Os outros grupos pensaram em possibilidades bem diferentes das pensadas por nós.
É essa diversidade de olhares e essa construção à partir daquilo “que eu sei” (ou penso que sei), que vai dar a dinâmica do PA.
As idéias podem/devem ser sempre revistas e alteradas, apontando novas possibilidades de conhecimento.
Abraços
Zinara
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Oi Zinara, fazemos parte do mesmo grupo, o G2b , e concordo contigo no que se refere a pensar em diferentes possibilidades, pois o nosso grupo foi um dos que pensou de forma diferente, pois, não iniciou a mobilia da casa pelo quarto e, um dos que menos fez pesquisas em diferentes lojas, só para ter uma idéia, alguns grupos chegaram a pesquisar em 9 a 13 lojas.
Porém, penso que a maioria dos grupos, da atividade 2, tiveram as mesmas idéias ingênuas, muitas semelhanças e poucas diferenças na forma de pensar. Será que estou errada nessa análise? Será que fui clara no meu ponto de vista?
Abraços!
Sueli
Sueli, por que julgas que a maioria dos grupos da atividade 2 teve as mesmas idéias ingênuas? Que idéias ingênuas identificaste nesta atividade ou que idéias consideraste ingênuas? Abra@os, Iris
Íris, as idéias ingênuas que me refiro, são na verdade as concepções ingênuas, que no caso tinham uma forte ligação com as experiências pessoais, como por exemplo, o citado por mim na postagem anterior “A maioria das pessoas envolvidas com a investigação, da atividade 2, vivenciam ou já vivenciaram um casamento, isto, de certa forma, justifica a escolha do casal, como um possível morador.”
Na atividade 1 havia um desafio: baseados em evidências os grupos deveriam descobrir de quem era o lixo. Já na atividade 2, a partir de um valor dado, os grupos deveriam mobiliar uma casa. Todos os grupos da atividade 1 basearam-se em seus conhecimentos para descobrir quem gerou o lixo e seu perfil. Os grupos da atividade 2 contaram com o apoio de um recurso digital importantíssimo para a pesquisa (levantamento de preços e lojas) o computador e a web. "Só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos a ideia a cerca do que queremos encontrar." (MAGDALENA e COSTA, 2003)
Solange
Solange, interessante a ligação que estabeleceste entre as atividades e a citação. Pergunto para ti e os colegas, o que as duas atividades tinham em comum? Abra@os
Para mim, as duas atividades, apesar de apresentarem propostas diferentes, foram norteadas pelo conhecimento prévio dos integrantes dos grupos.
Só isso??
Zinara
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Profª Íris, a meu ver, além de ambas atividades terem em comum o uso do conhecimento prévio, como bem colocaram as colegas Sueli e Zinara, também nos fizeram pesquisar, analisar, investigar. Ambas foram trazidas para que pudéssemos perceber o quanto nós adultos utilizamos de nossas concepções ingênuas bem como as crianças, nos fazendo colocar em cheque o que tínhamos como "verdades" (préconceitos).
Roseane
Pessoal, vou usar as palavras da Zinara: Só isso?
Pensaram sobre o tipo de ação que as atividades demandaram? Na atividade dos professores? Com o que vocês tiveram que lidar? Abra@os, Iris
Foram propostas diferentes que foram norteadas, de certa forma, pelos conhecimentos prévios. De certa forma por que, na atividade 2 os grupos não tinham a sua disposição as evidências e os indícios que os grupos da atividade 2 dispunham.
Então, na minha opinião, o que há em comum, são os conhecimentos prévios e o que diferencia são as evidências e indícios presentes da atividade 1.
Abraços!
Sueli
Oi Sueli entendo o que queres dizer. Nos grupos do lixo, os indícios e evidências eram material concreto a ser interpretado. Já no apto a interpretação já é mais abstrata . No entanto, as duas interpretações se desenvolvem e são resultantes do sistema de pensamento que já tinhas presente na tua cabeça. Dai a diversidade. Nessas diferentes interpretações, os conhecimento prévios diferenciados, a crenças nas certezas podem levar ao engano. A certeza de que uma cartelinha com dias marcados é da pílula anticoncepcinal não deixou que vocês investigassem aquele objeto. Não houve desequilíbrio por parte de ninguém dogrupo. Vejam que diferença!! Dai a importância de por a prova o que já se sabe, trazer a incerteza como companheira da sala de aula. Quem tem certezas não investiga pois já sabe!! E como é difícil para o professor traze-la para a aula: afinal professor é quem sabe e quem ensina não?
Bea
Profª Bea, gostaria de colocar aqui um ítem que achei interessante e que me inquietou muito. No grupo 1a foi relatado dentre outras coisas o seguinte: "Dentro do cuidado pessoal observamos que deve estar na faixa etária entre 30 e 45 anos pois ainda usa anti-concepcional* e desta forma ainda está com a vida sexual ativa".
Neste grupo mostrou-se presente a concepção ingênua de que a cartelinha era de anticoncepcional por ter os dias marcados, mas será que também não está presente no fato de afirmarem que só pode ter uma vida sexual ativa quem está nesta faixa etária, pressupondo que mulheres com mais idade e na menopausa não possam também ter uma vida sexual ativa? Aí minha inquietude, neste ponto ao qual "toquei", será que a concepção ingênua é do grupo ou minha por pensar de forma contrária a elas?
Roseane
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Gurias, acho que há uma certa confusão entre senso comum, concepções ingênuas e conhecimento prévio. Será que relacionar a cartelinha pelo seu formato com pílula anticoncepcional é uma concepção ingênua? Pensar que vida sexual ativa não acontece entre velhos é ou não uma concepção ingênua? No que ela se baseia? Por que ficastes inquieta?
Bea
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Profª Bea, acho que não fui muito clara em minhas colocações. Fiquei inquieta pelo fato do grupo deduzir que a mulher deveria estar na faixa etária entre 30 e 45 anos por pensarem que a cartelinha encontrada era de anticoncepcional, por isto tinha uma vida sexual ativa. E a meu ver, uma pessoa com mais de 45 anos e na menopausa pode sim ter uma vida sexual ativa. Percebi aí a presença da concepção ingênua, pois como bem mencionou a colega Sueli "concepção ingênua é uma hipótese construída sobre algo baseada na vivência do sujeito. Só depois de uma análise, experimentos e pesquisas a respeito podemos comprovar sua veracidade ou não e desta forma concluirmos se a hipótese construída tem comprovação científica". As colegas daquele grupo acreditam que somente entre aquela faixa etária pode-se ter uma vida sexual ativa.
Roseane
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Professora Iris, concordo com o que a Zinara colocou de que as duas questões para serem realizadas contaram com o nosso conhecimento prévio e também acho que o que tinham em comum, as duas questões, é que não sabíamos quem eram as pessoas (moradoras da casa e geradoras de lixo).
Solange
Zinara querida, por que não oferecestes aqui o teu texto e o vídeo? A Dai já fala ali nos comentários. Bea
Também concordo com a Zinara para fazermos esta atividade o conhecimento prévio era fundamental, e sempre trabalhamos com questões lógicas,fazendo ligações entre os indícios que nos levavam a ter tais suposições sobre quem eram os verdadeiros donos do lixo .
Tatiana Gomes
No link do texto “O pensamento infantil sobre os fenômenos naturais” da revista Nova Escola, algumas passagens são interessantes para pensarmos as idéias discutidas aqui no fórum.
Ultimamente, através dos textos lidos e de uma série de discussões sobre concepções ingênuas, temos constatado uma variedade de certezas duvidosas que trazemos conosco. Alguém se habilita a fazer uma costura entre a nossa discussão, e as teorias criadas ou reproduzidas no universo da criança para explicar as ações da natureza?
Abraços,Zinara
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Gente, a Zinara não colocou o link. Entrem no Para pensar do nosso wiki que lá está o vídeo e o texto.
Bea
O meu grupo ao se deparar om a sacolinha de lixo seu primeiro movimento foi classificá-lo por semelhanças.
logo identificaram que se tratava de uma pessoa e uma criança. Eu , embora concordasse com a presença feminina fiz o advogado do diabo ao questionar que o número de pessoa que ali viviam poderia ser outro pois não é possivel apenas identificar o número de pessoas de um determinado lugar apenas pelo lixo produzido , podemos sim formar um idéia de quem sejam, seu perfil,necessidades, gostos, etc. dizer que existe uma criança no ambiente é também muito vago a menos que exista uma diversificação de materiais que nos levem a esta conclusão.em fim , a conclusão da maioria prevaleceu, e todas estas reflexões e os resultados aprensentados ficaram mesmo baseados nos nossos conhecimentos prévios, mas rico mesmo foram nossas trocas durante a execução e encontrar um resultado comum pois ali pude sentir os desenvolvimentos e estratégias que cada uma de nós teve que fazer para resolver este desafio perpassando por pesquisas, achismos, análise e questionamentos, uma verdadeira investigação.
Selva
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Pessoal respondendo ao questionamento da Bea, quanto aos conceitos; crenças; conhecimento prévio; concepções ingênuas e senso comum, a minha opinião é a seguinte:
Crenças - aquilo que se acredita ser verdade mesmo que não haja nenhuma prova que confirme o fato.
Conhecimento prévio - Conhecimento preexistente na estrutura cognitiva do individuo.
Concepções ingênuas - concepção ingênua é uma hipótese construída sobre algo baseada na vivência do sujeito. Só depois de uma análise, experimentos e pesquisas a respeito podemos comprovar sua veracidade ou não e desta forma concluirmos se a hipótese construída tem comprovação científica.
Senso comum - é o que as pessoas comuns usam no seu cotidiano, o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, e que lhe traga resultados práticos herdados pelos costumes.
Apesar de ter listado esses conceitos tenho uma certa dúvida, a diferença entre conhecimento prévio e concepção ingênua se deve ao fato do segundo se referir à vivência e o primeiro não? Agora me confundi, alguém poderia me auxiliar nessa dúvida?
Abraços!
Sueli
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Oi meninas!
Perdoem a demora, ainda dentro do prazo e com aquela infinita vontade de estar aqui mais vezes. Entretanto...
Tenho lido as postagens de quase todo mundo pelo e-mail e percebo que apesar de grupos diferentes seguimos linhas expressivas alternando as discussões entre hipóteses semelhantes dos grupos ou ainda sobre os conceitos que envolvem este universo de possibilidades chamado PA.
Fiquei pensando alguns minutos após ler a postagem da Su e refleti sobre sua confusão. Em seguida quero dar minha opinião sobre o assunto. Antes, contudo, creio que seja interessante questionar também:
Vocês não acham que estes textos indicados teriam causado uma sensação de maior conforto se os tivéssemos trabalhado antes do primeiro PA? Senti um alívio incrível ao tomar as leituras. Era uma sensação de "eu sabia!" ou ainda "então sempre foi assim?!". Sempre tive uma sensação de que perguntar livremente ainda era algo difícil (talvez por nosso costume em abafar as curiosidades colocando-as como secundárias) o que levou a muitos de nós desenvolver PAs sobre assuntos escolares ou ainda de nossa rotina não fugindo realmente para aquele lado obscuro do não saber de verdade, aquela sensação desesperadora (ou disparadora) de ficar remoendo um indício qualquer, rever muitas vezes as possibilidades e achar muitas outras dúvidas originais. Sim, era esta expressão que queria: dúvidas originais. Nascidas da curiosidade que provoca a discussão, a negociação, a busca pela verdade (mesmo que ela não seja aquilo que pensávamos). Dúvidas que ao encontrarem respostas nossas (concepções ingênuas) se agarram a coisas intrínsecas ao nosso pensamento (conhecimento prévio) e que mesmo sendo rebatidas ou refutadas pelo questionamento, por uma atitude crítica ainda se apega ao mais óbvio, o que realmente parece ser (senso comum). É a velha história do rosa e do azul... a gente acha que é assim ou que sempre foi, mas quando percebe que o tempo muda, que as pessoas mudam de opinião e que os homens usavam o rosa e o vermelho porque eram cores quentes, que sugestionam força mergulhamos num universo de outras dúvidas afins. Daí por diante poderíamos imaginar que a nossa Cinderela vestia azul por ser uma cor frágil... ou fraca... cores usadas por mulheres... Em suma, as atividades disparadoras causaram em mim um sentimento de liberdade total para questionar. Poderia ficar muito tempo descobrindo coisas de uma pinça ou de um encarte turístico. Poderia não encontrar nada que provasse minhas hipóteses, mas quanta coisa aprenderia no meio deste caminho. Imagino ser isto o PA, este universo, este emaranhado de oportunidades de onde vc não escapa porque envolve o prazer, a satisfação de saciar algo que incomoda e consequentemente desacomoda.
Vou parar... Preciso participar outras vezes, ahahaha!
Bjos
Tatiani Roland
Tati, será que os textos teriam o mesmo sentido se apresentados antes do primeiro PA? Será que ao lê-los, em outro omento, também terias pensado "eu sabia!" ou "então sempre foi assim?"? Por outro lado, será que podemos pensar que pudeste comparar o lido com o pensado justamente porque te deparaste com uma atividade nova para a qual tiveste que encontrar explicações, razões, imaginar objetivos? Abra@os, Iris
Olá professora! Respondendo ao seu questionamento:
Claro que os textos não teriam o mesmo sentido se apresentados num primeiro momento antes do contato inicial com o PA. São propostas diferentes que causam impactos diferentes. Visualizo que um primeiro momento de PA com a leitura destes textos teria sim (ao menos comigo) simplificado o que realmente propunha esta metodologia. Confundi muito inicialmente um PA com um Projeto de Pesquisa. Creio que os dois são extremamente importantes, mas propostas diferentes e não tive uma percepção clara desde o início, tanto que meus primeiros tropeços e decepções ocorreram porque estava fazendo uma busca em livros sobre a temática quando hoje percebo que a WEB 2,0 é o grande plus deste tipo de atividade. A agilidade, a velocidade e a capacidade de produzir conhecimento é bem diferente da possibilidade que temos numa pesquisa científica, até porque almejam caminhos diferentes. Vejo hoje o PA algo muito mais flexível do que imaginava no princípio.
Em relação às atividades disparadoras poderia dizer o mesmo. Como foi fácil questionar coisas curiosas sem a "pressão" de ter que perguntar. Nosso universo é muito embasado na busca de respostas e por mais que neguemos, perguntar é difícil, falta prática, temos medo de perguntar o que não segue um "padrão" de possível acerto ou adequação. Acho também que se tivéssemos começado tudo pelos caminhos que estamos trilhando agora os passos talvez ficassem mais firmes. Claro que provavelmente o objetivo tenha sido este mesmo, entretanto é uma sensação muito particular minha.
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Olá Tatis, Selva e todas que estão se chegando ainda...
Sueli...
Conhecimento prévio é tudo aquilo que trazemos na “bagagem” e concepção ingênua é aquela hipótese que formulamos em que não há comprovação científica.
Quem complementa?
Mas queria retomar uma colocação que a Bea fez na fala da Sueli sobre nossas incertezas, que sempre me faz pensar muito...
Como trazer as dúvidas( nossas e dos alunos) para a sala de aula se aquele é o espaço consagrado ao saber?
Colocar a prova o que se sabe, de fato é estabelecer uma nova relação com aquilo que é muito novo para nós professores.
Parafraseando a professora Íris, “é mudar nossa relação com a mudança”.
O que acham?
Abraços
Zinara
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Oi Zinara, obrigada pela resposta, mas será que a concepção ingênua é uma hipótese que não admite uma comprovação cientifica? De acordo com pesquisas que realizei, sobre o assunto, em alguns casos, após análise; experimentos e pesquisas a respeito podemos comprovar sua veracidade. Será que estas pesquisas estão corretas? “Ser ou não ser, eis a questão”.
Espero que mais alguém entre nesse debate para que possamos pelo menos chegarmos à algumas tentativas de respostas.
Quanto a questão levantada sobre "trazer as dúvidas para sala de aula", na realidade todos nós sabemos que grande maioria dos professores se intitulam os detentores do saber, e acabam causando um duplo prejuízo aos alunos, primeiro, dando as respostas que eles deveriam descobrir por si mesmos, dessa forma não estão preparando alunos para o dia em que lhe falte o apoio dos adultos, em segundo lugar, esses professores criam em seus alunos o modelo ou ideal da pessoa educada como alguém que sabe tudo em lugar de uma pessoa que é intelectualmente aberta, curiosa, autocrítica e disposta a admitir a ignorância ou indecisão.
Dessa forma a sala de aula é um espaço de aprendizagem que, deveria, ocorrer por meio de trocas, questionamentos, discussão e desafios. Deveria, pois sabemos que a realidade está muito longe desse ideal, mas muitos avanços já ocorreram neste contexto.
Eu, por exemplo, já não me causa apreensão em admitir aos alunos que de vez em quando tenho dúvidas, pois aprendi que a imagem de um professor questionador reafirma para os alunos a sua liberdade para explorar, fazer mais perguntas, investigar e, tentar chegar a alguma resposta.
Até mais!
Sueli
Sueli querida, quem disse que uma concepção ingênua não admite provas científicas?No momento em que eu a olho de forma científica, com hipóteses bem colocadas e com argumentos teóricos fortes, deixou de ser ingênua. Começou a ser conhecimento científico. Agoraveja bem, o que é uma concepção ingênua para mim pode não ser mais para outro. Tudo está na dependência do grau de aprofundamento que os conceitos envolvidos tem . Por exemplo, dizer que não se pode fazer exercícios depois de comer porque estamos de barriga cheia é concepção ingênua e é concepção científica quando o argumento está amparado pela idéia de que os exercícios exigem mais oxigênio nos músculos e , após as refeições ele chega bem menos a eles porque o sangue se concentra na região do intestino para favorecer a absorção de nutrientes provenientes da digestão.
Ok?
Um abração
Bea
Oi Bea, respondendo tua pergunta, quem afirmou que concepção ingênua não admite provas científicas foi a Zinara, eu apenas questionei essa afirmação. Como afirmei anteriormente, "De acordo com pesquisas que realizei, sobre o assunto, em alguns casos, após análise; experimentos e pesquisas a respeito podemos comprovar sua veracidade.
Abraços!
Sueli
Isso mesmo Zinara e para complementar, segundo MAGDALENA e COSTA
As crianças e também os adultos organizam e estruturam o mundo que está a sua volta, baseados no que têm a sua disposição: nas suas experiências, no que veem, observam, no que ouviram ser dito, por outras pessoas ou pela mídia. Estas vivências resultam na formulação de ideias e concepções, que fornecem explicações para a sucessão de fatos e acontecimentos do dia-a-dia. Este conhecimento "informal" é o que recebe a denominação de "senso-comum", crença, pré-conceito ou concepção ingênua, não porque são "infantis", "inocentes"ou ligadas a aspectos religiosos, mas porque são conhecimentos que não estão de acordo com as ideias e as concepções científicas.
Solange
Gurias!! Atendendo as solicitações da profe Bea...e continuando as prolematizações...
A crença é a certeza que se tem de alguma coisa. é uma tomada de posição em que se acredita nela até ao fim. sin: convicção, fé, conjunto de idéias sobre alguma coisa, etc. Atitude que admite uma coisa verdadeira.
Conhecimento prévio é simplesmente saber algo antes de aprender ou fazer, o modo como se aprende não importa, pode ser sozinho ou com alguém.
Senso comum (ou conhecimento vulgar) é a primeira suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências actuais que continuam sendo efetuadas. O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas.
Existem pessoas que confundem senso comum com crenças, o que é bem diferente. Senso comum é aquilo que agente aprende em nosso dia a dia e que não precisamos nos aprofundar para obtermos resultados, como por exemplo uma pessoa que vai atravessar uma pista, ela olha para os dois lado, a pessoa não precisa calcular a velocidade média, a distância, ou o atrito que o carro exerce sobre o solo, a pessoa simplesmente olha e decide se dar para ficar ou atravessar.
"Podemos dizer que há uma oposição entre o conhecimento científico e o “conhecimento” não-científico ou senso comum. O primeiro (o aprendido nos bancos escolares) coloca-se como “verdadeiro” baseado na sua qualidade teórica sem se questionar a cerca do quanto esta qualidade consegue se fazer útil para o conjunto dos homens. Desqualifica e afasta-se de todas e quaisquer outras formas de “conhecimento” sem relevar o quanto estas efetivamente representam para aqueles que delas fazem uso. O segundo (a bagagem que o aluno traz de casa), firma-se numa auto-valorização determinada pelos êxitos que julga acumular na medida em que enfrenta as dificuldades cotidianas.
Os detentores dos “conhecimentos” não-científicos apostam na validade de suas interpretações do mundo e é a partir delas que definem as maneiras de enfrentar os problemas. Confiam que estão, a partir da experiência de vida, construindo um conhecimento que talvez se defina como “sabedoria” . “Alunos” do que consideram ser a “escola da vida”, confiam no tempo de vida como um “equivalente” do “banco escolar”. Cabe a escola o papel de aproximar os alunos do conhecimento científico (construído e acumulado historicamente pela humanidade), levando o aluno a começar ter dúvidas sobre suas idéias preconcebidas (conhecimento do senso comum/bagagem do aluno fora dos bancos escolares). Não cabe à escola, simplesmente, desconsiderar, condenar ou meramente duvidar. A escola deve e pode instigar os alunos, a partir das convicções destes, a pensarem e refletirem sobre o “ novo”, levando o aluno a resignificar/remodelar/reconstruir o conhecimento.''
Tatiana Gomes
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Olá pessoal, dentro desta nova proposta para o fórum gostaria de trazer para discussão algo que acompanhei através das atualizações por e-mail que trata da questão práticva do desenvolvimento do PA em nossas escolas, muitas delas (como a minha) sem acesso às tecnologias que nós utilizamos para elaborar o PA. Se me permitem contribuir com:
Trechos retirados do Fórum Márcia Souza
"[...] Essa é e sempre foi minha maior preocupação frente ao PA.Não e nunca tive medo de desafios,mas o que me preocupa é as imposições dentro das nossas escolas.Podem me dizer que estou louca,que não é assim e uma porção de coisas.Mas minha realidade é essa e junto tem uma porção de colegas na mesma situação.Penso ainda mais não existem recursos,salas de informatica,muito menos outros.Pois eu se quero folhas e ou material diferenciado tenho que comprar.Disponho de giz e quadro e raramente matrizes e se o mimiografo está estragado vai no quadro mesmo.Ai eu te pergunto dá para ter qualidade em um PA assim?" Jurema-13-09.
"Ju querida, a gente, professora honesta e responsável, passa a vida preocupada em como fazer melhor para que os alunos aprendam. Sinceramente, tu achas que ter todos os recursos que apontas acima seria uma condição suficiente para termos um belo PA? Seria uma condição necessária e suficiente? Seria uma condição necessária mas não suficiente para que os PA fossem desenvolvidos pelos alunos?" Bea
Abraços Tati Roland
20 de setembro de 2009
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Oi meninas,
Depois de ler os textos e as colocações de todos , que diga-se de passagem está muito bom, pensei de uma forma mais prática para que possamos entender e exemplificar melhor estes conceitos. Durante nosso desenvolvimento muitas teorias e achismos nos foram passados por nossos pais que por sua vez tinham receberam de nossos avós como: Mulheres que deram a luz não podem lavar a cabeça por 40 dias"," Quando estamos menstruadas não podemos lavar a cabeça por que a menstruação sobe para a cabeça e podemos ficar malucas" ou " não se pode comer melancia com uva ou leite" e tantas outras coisas mais que nunca foram justificadas cientificamente e nós também nunca procuramos saber a verdade sobre elas , apenas acreditamos. Nos dias de hoje sabemos que a grande maioria não possuem uma uma fundamentação científica, tanto é verdade que mudamos nossos hábitos, mas mesmo assim não esquecemos estas construções que formaram nossas concepções ingênuas só que agora não tão ingênuas assim pois fomos levados a reconstruir estes conceitos com base justificada. Considero que ainda muitas vezes somos levados a produção interna de concepções ingênuas pois não fomos educados a questionar ou pesquisar a veracidade das coisas, diferente dos alunos que queremos formar.
selva
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Oi, gurias!
Fiquei pensando no que a Selva escreveu (cadê tua escrita Selva?) e lembrei de um fato que aconteceu comigo quando era criança.
Para que nós (minhas irmãs e eu) não lavássemos os cabelos antes de dormir, o pai dizia que nossos cabelos iriam virar minhocas. Eu tinha ouvido a história da Medusa e ficava apavorada com medo de ficar com aqueles bichos medonhos na cabeça. Mas acontece que eu fiquei observando os cabelos no ralo do banheiro e vi que aquilo era pura invenção dele. Pelo bem de nossa saúde aproveitou a história e nos lascou aquela baita mentira, que por um bom tempo eu acreditei.
Solange
No seu dia-a-dia, o homem adquire espontaneamente um modo de entender e atuar sobre a realidade. Algumas pessoas, por exemplo, não passam por baixo de escadas, porque acreditam que dá azar; se quebrarem um espelho, sete anos de azar. Algumas confeiteiras sabem que o forno não pode ser aberto enquanto o bolo está assando, senão ele "embatuma", sabem também que a determinados pratos, feitos em banho-maria, devem-se acrescentar umas gotas de vinagre ou de limão para que a vasilha de alumínio não fique escura. Como aprenderam estas informações? Elas foram sendo passadas de geração a geração. Elas não só foram assimiladas mas também transformadas, contribuindo assim para a compreensão da realidade. (Palestra-Renato Rodrigues)
O professor precisa investigar o que de mais significativo existe na vida de cada um, pois conteúdo é tudo aquilo que intermedia a relação entre educadores e as crianças, tanto aquilo que foi selecionado intencionalmente pelo professor, quanto aquilo que foi consentido intencional e curiosamente por ele, sempre que surgem situações inusitadas disparadas pelas crianças nos seus jeitos espontâneos de dar-se aconhecer. Como colocou a colega Tatiana Gomes "cabe a escola o papel de levar o aluno ao conhecimento científico" nosso desafio está em desenvolver uma escuta atenta e um olhar sensível sobre nossos alunos que vão nos informar sobre seus conhecimentos, interesses e as hipóteses que levantam para solução de problemas. Com esse olhar e essa escuta vamos ver que as aprendizagens não estão só nos livros e conteúdos escolhidos por nós professores, mas que também são fruto da interação com o meio, que passam pelo desejo e pela superaçãpo de desafios. Assim devemos ter em mente a realidade sociocultural e os desejos dos alunos e de suas famílias.
Roselana Rodrigues
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Olá colegas, já foi nos solicitado a atividade 6!Quando decidiremos onde cada uma de nós irá "pescar"? Eu nunca fui uma ótima pescadora, rsrsrsrs. Espero encontrar peixes grandes, rsrsrsrsrs!!!!!
Aguardo.
Roseane
Oi Gente, que baita fórum!! Parabéns!!A Sueli teve uma participação realmente produtiva e a Zinara soube ser uma excelente mediadora, fazendo intervenções e cutucos na hora certa. Pena que nem todas participaram efetivamente, perdendo a oportunidade de realizar trocas bem interessantes.
Bea
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Comments (7)
Sueli said
at 4:46 pm on Sep 6, 2009
Oi Pessoal, dei uma organizda na nossa página e coloquei o link no sidebar.
Abraços!
Sueli
Sueli said
at 3:35 pm on Sep 7, 2009
Oi pessoal, já dei "pontapé inicial", aguardo vocês para darmos continuidade ao debate.
Abraços!
Sueli
Daiane Grassi said
at 9:04 pm on Sep 10, 2009
Gente, socializo com vocês o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=2sqsXESSIRQ . Até breve!
Daiane.
Beatriz Magdalena said
at 3:58 pm on Sep 14, 2009
Dai, por que ofereces esse vídeo? Que tipo de relação estás fazendo? Um abraço
Bea
Beatriz Magdalena said
at 4:00 pm on Sep 14, 2009
Gente, acho que podemos conversar um pouco mais sobre conceitos como crenças, conhecimento prévio, concepções ingênuas, senso comum. Ainda está um pouco confuso.
Um abração
Bea
tatiani roland said
at 6:52 pm on Sep 20, 2009
Gurias, postei minha sugestão acima, mas como não aparece (talvez porque tenha mais gente editando a página) resolvi colocar aqui, apenas para registrar um ponto que acredito ser muioto interessante para futuras discussões.
Fórum Márcia Souza
"[...] Essa é e sempre foi minha maior preocupação frente ao PA.Não e nunca tive medo de desafios,mas o que me preocupa é as imposições dentro das nossas escolas.Podem me dizer que estou louca,que não é assim e uma porção de coisas.Mas minha realidade é essa e junto tem uma porção de colegas na mesma situação.Penso ainda mais não existem recursos,salas de informatica,muito menos outros.Pois eu se quero folhas e ou material diferenciado tenho que comprar.Disponho de giz e quadro e raramente matrizes e se o mimiografo está estragado vai no quadro mesmo.Ai eu te pergunto dá para ter qualidade em um PA assim?" Jurema-13-09.
"Ju querida, a gente, professora honesta e responsável, passa a vida preocupada em como fazer melhor para que os alunos aprendam. Sinceramente, tu achas que ter todos os recursos que apontas acima seria uma condição suficiente para termos um belo PA? Seria uma condição necessária e suficiente? Seria uma condição necessária mas não suficiente para que os PA fossem desenvolvidos pelos alunos?" Bea
O que acham???
Tati Roland
Zinara Mistrello said
at 1:22 pm on Sep 23, 2009
Já estamos em:
http://atividadesdisparadoras.pbworks.com/Etapa2-Zinara
Abraços
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